Candidatos apontam irregularidades no concurso do Supremo Tribunal Federal
Candidatos que participaram do concurso público do Supremo Tribunal Federal, realizado no último domingo, apontam irregularidades no certame, organizado pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB). Segundo os candidatos, foram cobradas nas provas de nível médio - para o cargo de técnico judiciário - questões previstas para a função de analista judiciário.
O candidato Daniel Lemos reclama da falta de respeito com os concorrentes. “Todos que passaram horas a fio estudando para matérias como administração de materiais e financeira, arquivologia e serviços públicos, como constava no edital do concurso citado, perceberam que gastaram tempo estudando para nada”, desabafa. Questões sobre agências executivas, estrutura administrativa das organizações formais, gestão de processos e de conflitos e descentralização e desconcentração, que constavam no conteúdo para analista judiciário foram cobradas na prova para técnico judiciário.
Segundo a assessoria de imprensa do Cespe/UnB, “qualquer dúvida com relação aos itens/gabaritos (ambigüidade de interpretação, adequação do item ao conteúdo, divergência de interpretação etc.) das provas objetivas do concurso devem ser dirimidas na fase de recursos, prevista em edital, que ocorrem nos dias 9 e 10 de julho”.
Após receber e-mails sobre as irregularidades na prova, o deputado Chico Leite (PT) analisou as queixas e resolveu encaminhar o caso ao Ministério Público Federal para averiguação. “Ao que tudo indica, parece que houve um equívoco por parte da Banca, que cobrou na prova de técnico conteúdo que era para a prova de analista”, afirmou o deputado, que acompanhará nesta quarta-feira (9) uma comissão de representantes dos concursandos e entregará uma representação ao MPF. O parlamentar, autor da Lei Distrital dos Concursos, defende a urgência da edição de uma lei nacional para regulamentar a realização de concursos públicos, conferindo mais transparência e segurança aos participantes.
Processo seletivo
O concurso público, que teve 94.442 inscritos, vai preencher 111 vagas de analista judiciário e 77 de técnico judiciário. As remunerações são, respectivamente, de R$ 5.484,08 e R$ 3.323,52. Os aprovados irão trabalhar em Brasília.
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