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RIO - A primeira fase do concurso da PM, realizada neste domingo em nove municípios do Rio, terminou com um balanço inusitado: dez candidatos foram parar na delegacia por tentar fraudar a prova objetiva. Inscritos para uma seleção que oferece 3.100 vagas de soldado, eles foram eliminados ao tentar colar, usar identidade falsa ou entrar após o horário determinado (8h) pulando o muro de um dos locais de prova. Dos 32.121 inscritos, 8.390 faltaram ao exame. Os gabaritos oficiais devem ser divulgados nesta terça-feira.

- Como pode tentar burlar a lei quem quer entrar para uma instituição que faz valê-la? Graças a Deus essas iniciativas individuais foram detectadas antes de eles ingressarem na corporação. Nós buscamos candidatos que não façam esse tipo de coisa - comentou a coronel Ana Cláudia Siciliano, comandante do Centro de Recrutamento e Seleção de Praças (CRSP).

No Rio, um menor de 17 anos e o professor particular Carlos Alexandre Torres Pallares, de 28 anos, foram levados à 17ª DP (São Cristóvão) por tentar fazer a prova no lugar dos verdadeiros candidatos: Leonardo de Lima Sudério e Davi Costa Rodrigues. Segundo a delegada adjunta Suzy Miranda, eles usavam as identidades dos inscritos com suas fotos coladas.

- O professor disse que havia recebido mil reais do candidato para fazer a prova em seu lugar. Ele vai responder por uso de documentação falsa e falsidade ideológica. Já o menor, que foi liberado, não teria recebido nada; fez a prova para que o candidato o ajudasse mais para a frente - disse a delegada, acrescentando que os verdadeiros candidatos não foram achados.

Segundo a PM, outro inscrito que fazia o exame na Uerj foi pego tentando colar na redação. Mais três candidatos estiveram na 17ª DP por pular o muro, após o portão ter sido fechado.

Em Caxias, duas pessoas que tentavam alterar uma identidade foram descobertas por PMs antes de entrarem no local de prova. Outros dois tentavam colar com o celular.

Fonte: Globo.com